terça-feira, 7 de maio de 2013


A arte indígena anterior a Cabral
                Segundo a Fundação Nacional do Índio – FUNAI -, quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia aqui 1 milhão a 10 milhões de Indígenas. Hoje restam cerca de 350 mil, distribuídos por reservas em todo país. Além da redução numérica, impressiona e assusta a destruição de culturas que criaram, ao longo dos séculos, objetos de tão grande beleza, como os que você vê nas figuras.
Uma arte integrada à cultura
                Quando dizemos que um objeto indígena tem qualidades artísticas, o fazemos do nosso ponto de vista, e não do ponto de vista do indígena. Para ele, os mais simples objetos usados nas dia-a-dia – redes, potes, cestos, etc. – devem ser feitos com muito capricho e perfeição. Desse modo os objetos são belos porque são bem feitos, e não por serem obras artísticas.
                Nas sociedades indígenas a preocupação com a beleza aparece também nos acessórios – colares, tangas, cocares -, nas máscaras e objetos rituais e nas pinturas corporais.
                Outro aspecto importante da arte indígena é que ela representa mais as tradições da comunidade que as preferências do artista. Assim o estilo da pintura corporal, do traçado e da cerâmica varia muito de um grupo para outro, como se fosse a “marca” de cada comunidade.
A arte indígena mais recente
                Entre as atividades das comunidades indígenas atuais estão a cerâmica, a tecelagem e o trançado de cestos e balaios. De modo geral, essas comunidades contam com uma ampla variedade de matérias-primas: Madeira, cortiça, fibras, palmas, palha, cipó, sementes, coco, resinas, couro, ossos, dentes, conchas, garras e plumas das mais variadas aves.
                Na arte indígena despertam interesse também a arte plumária, as máscaras e a pintura corporal. A arte plumária é muito especial: não está ligada a uma finalidade, mas apenas à busca de beleza. Apresenta dois estilos mais importantes: peças maiores, como diademas e peças mais delicadas, sobre faixas de tecido de algodão, como colares e braceletes.
                A pintura corporal é usada para transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas, por isso a escolha dessas cores é importante. As mais usadas são o vermelho vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do suco de jenipapo e o branco da tabatinga (terra argilosa que apresenta várias cores).
                Para os índios, as mascaras são artefatos produzidos por homens comuns. Ao mesmo tempo, porém, tornam-se a figura viva do ser sobrenatural que representam. Podem ser feitas de troncos de árvores, palhas de buriti e cabaças.

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